20/11/1908 (41 anos)
Pouso Alegre - MG, Brasil
Pouso Alegre - MG, Brasil
I |
rmão MANUEL LOURENÇO FONSECA
(Faleceu no dia 20/11/1908 em Pouso Alegre /Minas Gerais/ com 41 anos)
Costumam dizer os historiadores que as primícias de uma corporação religiosa compõem-se, geralmente, de almas escolhidas e, particularmente gratas aos olhares de Deus. Desta lei geral, não se eximiu a nossa muito amada Província.
Quem nunca ouviu falar do Irmão Manuel Fonseca, proposto no “Íris de Paz” de 1924 e na “Obra Apostólica”, entre os santos da nossa Congregação?
Já em vida era tido pelos fiéis da nossa igreja de Pouso Alegre por verdadeiro santo e como tal, se encomendavam as suas orações para o acerto nos negócios.
E na verdade, aquele Irmão que durante os dias úteis se multiplicava em todas as partes: na cozinha, na horta, na sacristia, na portaria, tendo em mira, sempre, o bem da Congregação, edificava a todos com sua piedade à qual dedicava longas horas, nos dias festivos, rezando numa posição devota e recolhida, a Coroa das doze estrelas, o terço e as visitas ao Santíssimo Sacramento.
Dessa piedade sólida, caracterizada pelo amor filial ao Puríssimo Coração de Nossa Mãe Santíssima, brotava aquela sua obediência cega aos Superiores, sintetizada nestas suas palavras: “Eu faço o que me mandam e isso é o melhor”. E se algumas vezes se lhe dizia que descansasse, respondia com doçura: “Depois, Padre, depois”.
Curta, no entanto, foi a sua vida religiosa. Conhecendo os perigos do mundo e fiel ao seu pensamento de aperfeiçoar a sua alma e facilitar assim a sua eterna salvação, como ele mesmo deixou escrito, bateu às portas da nossa Congregação aos 34 anos de idade. Poucos meses depois da sua profissão, foi enviado à Quase Província Argentina - Brasil. Para o Irmão Fonseca, nada haveria de dificultoso, pois quanto aos costumes, as Santas Constituições são as mesmas em toda a parte; quanto ao idioma, a língua portuguesa é a mesma no Brasil e em Cabreira (Diocese de Guarda) de Portugal, sua terra natal.
Teve a morte de um santo. Durante a sua doença, foi visitado pelo Vigário Geral Mons. João de Almeida Ferrão, que pediu licença para fazer-lhe uma visita e dar-lhe um abraço. Foi chorado por todos os Pouso-Alegrenses, pois todos o conheciam e o veneravam por sua modéstia e piedade.