Missionários
Claretianos Brasil

Necrologium Claretianum

Irmão Alexandre Dominguez Leal Caballero

06/08/1984 (79 anos)

São Paulo, SP, Brasil

São Paulo, SP, Brasil

Ir. ALEXANDRE DOMINGUEZ LEAL CABALLERO (1984)

                                 

Nascimento: 10 de outubro de 1905

Localidade: Trabazoz (Zamora), Diocese de Zamora

Pais: Sr. Teófilo e Sra. Emília

Profissão Religiosa: 14 de agosto de 1926

Enviado: 38ª Expedição, em 15 de outubro de 1931

Falecimento: 06 de agosto de 1984, em São Paulo, 79 anos

                                   

Trabazos, pequena povoação da Província e Diocese de Zamora, Espanha, foi o lugar onde nasceu o menino Alexandre, no dia 10 de outubro de 1905. Seus pais, Sr. Teófilo e Sra. Emília, de arraigada fé cristã, souberam transmitir essa fé profunda e muita firmeza de caráter, eminentemente constante, dentro da simplicidade de vida que ele levou na sua juventude, como pastor de rebanho, segundo sempre vangloriava e também grande conhecedor prático da vida agrícola simples daquele tempo em que viveu.

Sua vida de cristão prático, deveria despertar nele o desejo e inclinação para a vida religiosa. Resolveu entrar numa Congregação que tivesse como Padroeira Maria Santíssima através de seu Coração Imaculado, da qual era muito devoto.

Já jovem maduro de seus dezenove anos, veio a pertencer à família claretiana entrando para a Congregação dos Missionários do Coração de Maria, no ano de 1924.

Uma vez dentro da vida religiosa, foi conduzido para a Casa-Noviciado, em Alba, perfazendo o Ano de Provação, em 1925, sendo o seu Mestre de Noviços, o famoso Pe. Guevara. Esforçou-se intensamente em adquirir as virtudes religiosas e assim foi aprovado para a profissão, consagrando-se ao Senhor com muita convicção em agosto de 1926 com os votos temporais, pela Profissão Religiosa na categoria de Irmão Missionário, Filho do Imaculado Coração de Maria, do qual, como dissemos, foi muito devoto.

Nos primeiros anos de sua vida de professo, exerceu os ofícios e funções de irmão claretiano nos Colégios e Seminários da Província de Castela durante uns quatro anos mais ou menos, até que no ano de 1931, realizando o seu ideal de trabalhar em terras de missão, foi enviado ao Brasil, onde emitiu a sua Profissão Perpétua, permanecendo fiel até a morte.

Chegou ao Brasil no dia 15 de outubro de 1951, fazendo parte da Expedição de 8 sacerdotes e 2 irmãos missionários: ele e o ir. Ângelo Carol; este aportou na Terra de Santa Cruz um mês depois, devido a demora na expedição do passaporte.

O Ir. Alexandre ao qual se dava o nome de cachorro, porque tudo para ele era “cachorro”, era alegre e jovial por índole, humano e benigno para com os outros, era incansável no trabalho e exerceu-o servindo aos irmãos, como cozinheiro, hortelão, pedreiro, propagandista, cobrador da Revista Ave Maria. No fim da sua vida, pela grande deficiência da vista esteve como chefe da sessão de remessa da Livraria Ave Maria.  Ele prestou todos esses serviços fraternos nas comunidades de São Paulo, Rio Claro, Guarulhos, Esteio, Curitiba e, sobretudo, as missões de Goiás, aí ele percorreu longos caminhos sempre no lombo de animais, por todos os sertões daquela região na companhia de outro missionário, na evangelização e catequese do povo necessitado de tudo, e trabalhou naturalmente, na construção de capelas e consertos das casas e dependências dos missionários.

Sua vida, portanto, foi de um serviço contínuo para os irmãos, como religioso, cultivou uma devoção mariana em muitos exercícios de piedade para Nossa Senhora, sob o título “Coração de Maria”, à qual invocava como “Mãe”, e como profeta, ele reclamava a falta de devoção de muitos filhos seus; queria que se lhe chamasse “La Madre”, usando o seu nome santíssimo na língua materna.

Ele se esforçava, enquanto podia, em assistir as missas com especial e verdadeiro espírito de piedade e dizia com ânimo ufano, o número de missas que houvera assistido, durante o dia; foi um exemplar de vida religiosa para muitos, o qual, como espécime raro de virtude, o Superior Provincial comemorou por ocasião de suas exéquias.

Cumulado de merecimentos e virtudes, confortado com o Sacramento da Unção dos Enfermos, faleceu placidamente no dia 6 de agosto de 1984, Festa de Transfiguração do Senhor, na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com a morte dos justos, que morrem no Senhor.

                   Seu corpo foi depositado no Cemitério do Santíssimo Sacramento e, enquanto se realizavam os funerais, os irmãos claretianos presentes e demais pessoas, interpretando os desejos do irmão falecido, cantavam hinos marianos e recitavam o Rosário. Assumamos com amor fraterno, o fulgor, que agora ainda resplandece de suas virtudes, Descanse na Paz do Senhor!

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