Irmão João Dias de Castro

Irmão João Dias de Castro, CMF

Nascimento: 19 de agosto de 1916

Localidade: Monte-Mor – SP – Dioc. de Campinas

Pais: Sr. Leopoldo e Sra. Clara

Profissão Religiosa: 02 de fevereiro de 1939

Falecimento: 22 de junho de 2001, em São Paulo- SP.

Nasceu o Irmão João Dias de Castro em Monte-Mor, diocese de Campinas. Pequena cidade, encravada na região dos canaviais da região campineira. O menino João nasceu no dia 19/08/1916. Seus pais, Leopoldo Dias de Castro e Clara Thereza de Jesus, tiveram 10 filhos. João era o caçula dos irmãos. Família humilde, de trabalhores rurais, profundamente religiosa, já tinham oferecido um filho à Congregação, o saudoso Irmão Isidoro.

Conheceu a Congregação por influência de nossos Padres de Campinas que davam assistência espiritual a sua cidade. Sobretudo, por parte do Pe. Luís Olabarrieta, de quem ele sempre recordava de seu zelo missionário e que o encaminhou para a Congregação, ajudado também pelo Irmão Isidoro.

Com de 19 anos de idade, em 1934, entrou para o Postulantado de Irmãos de Rio Claro. Fez 4 anos de Postulantado e, em 1938, foi para Guarulhos para fazer o Noviciado, sob a direção do Padre Estevan Negro.

No dia 02/02/1932, fez sua profissão religiosa.

Recém-professo, foi transferido para ir trabalhar na Casa de Rio Claro. Laborioso, com muita facilidade para os trabalhos manuais e mecânicos, prestou valiosos serviços ao Seminário no reparo de máquinas estragadas, reparando-as. Sobretudo, cuidou com carinho e assiduidade das bombas de água que serviam aos reservatórios da casa e as dependências do Seminário e da chácara. Para a Comunidade prestou serviços como alfaiate, sapateiro e padeiro. Apesar de tantos afazeres foi sempre fiel a vida de oração, a vida comunitária, ao terço da noite e as reuniões da Comunidade. Nos recreios da noite estava sempre tocando sua  viola que tanto apreciava e a todos alegrava. Em 1945, fez em Guarulhos sua profissão pérpetua.

Em fins de 1958, foi transferido para o Seminário de Esteio. Lá trabalhou sete anos nos afazeres domésticos, mas sempre fiel na participação da vida comunitária.

Nos inícios de 1964, o Irmão João volta para Rio Claro. A chácara, a casa estavam passando por grandes tranformações. Novo prédio acabava de ser construido para o Semínário, galpões, hortas, pomares, jardins, etc... Também o número de seminaristas crescia. E os afazeres domésticos se  multiplicavam.

De novo, o Irmão João se dedica a todas as tarefas domésticas de outrora, agora aumentadas. Sempre calmo, dedicado ao bem estar da comunidade e as necessidades dos seminaristas. Estava sempre pronto a servir.

Passou também a dirigir um sítio que a Casa adquiriu nas proximidades da cidade, para ajudar na manuntenção do semináristas. Intercalando sua vida comunitária e trabalhos, o Irmão João viveu longos anos em Rio Claro na simplicidade do quotidiano. Era sempre disponível, de conversa amena, observador e amigo de todos, sobretudo, dos seminaristas que, a toda hora, lhe pediam  ora uma ferramenta ora um utensilho. Atendia a todos. Devido aos seus afazeres do Seminário teve que se relacionar com muitas pessoas da cidade, e com estas  manteve sempre muita amizade, o que fazia o Seminário sempre mais benquisto e apreciado.

No recreio da noite sempre animava a vida do Seminário, dos seminaristas com o toque de sua viola, que era sua paixão, ou com sua conversas interessantes e amenas.

Em 1978, foi transferido para a Casa de São Paulo como ajudante do Irmão Moreira, na Livraria. Neste cargo trabalhou como balconista dez anos.

Com grande alegria, em 1982, aceitou o convite de ir a Roma para participar do Curso de Espiritualidade dos irmãos. Ao voltar teve muitas coisas a nos contar. Valia a pena ouvir suas observações sobre a velha Roma.

Por um período de tempo, 1990/92, ocupou o cargo de sacristão de nossa paróquia do Coração de Maria e auxiliar de cobrança da revista Ave-Maria, em Minas Gerais.

Cansado e sentindo as forças diminuirem, em 1994, o Pe. Provincial o destinou para os serviços gerais da comunidade e atendimento aos hóspedes. Logo em seguida, passou a ajudar o Irmão Almeida nos serviços gerais da secretaria da Revista Ave-Maria.

Contudo, a medida que os anos passavam, o mal de Alzheimer o atacava cada vez mais, dificultando seu trabalho e participação na vida comunitária. Agravando sua doença, por uns seis meses, se viu acamado. Por último ficou inconsciente. Sempre bem assistido pelo enfermeiro da comunidade e pelos irmãos religiosos. Tendo recebido os Santos Sacramentos, fôra internado no hospital Santa Isabel. Aí foi atendido atenciosamente pelos médicos e o enfermeiro José Vaz Batista até o último momento. Veio a falecer no dia no dia 26/06/2001.

O Irmão João tinha 84 anos de idade e 62 anos de profissão religiosa. Deixa para todos nós o exemplo da simplicidade, do valor do serviço quotidiano e da fidelidade.

Viveu tranquilo e tranquilo morreu. Seu velório foi na Igreja Matriz. Após a celebração da Santa Missa de exéquias, presidida pelo Pe. Provincial e concelebrada por diversos padres claretianos presentes, acompanhado por diversos irmãos missionários , familiares e amigos, seu corpo foi sepultado no jazigo dos missionários claretianos no cemitério Santíssimo Sacramentro de São Paulo.

Descanse em Paz !

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