16/08/1984 (86 anos)
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Pe. IRINEU BALLESTEROS GARCIA (1984)
Nascimento: 10 de fevereiro de 1898
Localidade: Boadilla de Rio Seco (Palência), Diocese de Palência
Pais: Sr. Luciano e Sra. Florência
Profissão Religiosa: 15 de agosto de 1916
Ordenação: 15 de junho de 1924
Enviado: 32ª Expedição, em 30 de agosto de 1924
Falecimento:16 de agosto de 1984, no Rio de Janeiro-RJ, 86 anos
Boadilla de Rio Seco, pequeno povoado da Província e Diocese de Palência, foi o berço do menino Irineo, que viu por primeira vez a luz do mundo, no dia dez de fevereiro de 1898. Seus pais, Sr. Luciano e Sra. Florência, cristãos de fé forme e robusta, souberam transmitir essa fé ao seu filho juntamente com a prática da vida de piedade uma pronunciada inclinação para a vida religiosa e sacerdotal.
Ele entrou aos 12 anos de idade para a Congregação, no Colégio Seminário de Segóvia, aí perfez os seus estudos de Latim com aproveitamento, aprovado para passar para o Noviciado, fez o Ano de Provação em Segóvia mesmo, em 1915, emitidos os votos perpétuos pela Profissão Religiosa no dia 15 de agosto de 1916. Uma vez professo passou a estudar e fazer o seu curriculum eclesiástico pelo estudo de Filosofia e Teologia Dogmática, Teologia Moral e Direito Canônico nos Colégios Seminários de Beire e Calceatense, respectivamente.
Nas datas marcadas do tempo litúrgico, foi recebendo a Tonsura, Ordens Menores, Subdiaconato e Diaconato, depois disso, voltando novamente a Segóvia, foi ordenado de sacerdote nesta cidade no dia 14 do mês de junho de 1924.
Nem bem tinha passado um mês de sua ordenação e imediatamente foi enviado à grande nação do Brasil, em que trabalhou durante sessenta anos como bom soldado de Cristo, realizando, assim, o seu ansiado desejo de missionário claretiano
Chegado da Espanha, permaneceu em São Paulo durante dois anos. E num destes dois anos foi eleito ministro da comunidade da Casa-Mãe da Província e depois foi para o Rio de Janeiro. Sua ação pastoral exerceu-se principalmente, no bairro do Rio que se chama Mayer sendo o seu quartel general no esbelto Santuário, de estio masárabe dedicado ao Imaculado Coração de Maria, do qual foi maestro e mestre em tocar o órgão com admirável perícia; entretanto, foi conhecido também como preclaro missionário, que movido por fé intrépida, comovia a multidão interessada e ansiosa em ouvir a palavra de exímio orador: conferências e pregações, sobretudo, são dignas de menção as que fazia durante a semana Santa
Era de alma reta, sincera, cordata, por isso, dificilmente permitia os erros de muitos e muito menos suportava o desprezo das normas da Igreja, que vigoravam naquela época; ou então, às vezes, advertia de um modo aparentemente áspero, mas logo depois voltava a usar novamente ânimo sereno.
Contribuiu com grande esforço e ação em construir e reconstruir o admirável templo que é glória do bairro do Méier, nele se tributa suma veneração ao Coração de Maria e os Missionários Claretianos atraíam para si a aceitação e o carinho do povo em todo ao Arcebispado do Rio de Janeiro.
Por um espaço de tempo foi Superior na comunidade de Pouso Alegre e aí construiu um Colégio Seminário Claretiano. Morou também, por pouco tempo, na cidade de Belo Horizonte. Apareceu, ainda como Consultor da nova Província Claretiana do Brasil Central. Mas depois voltou para o Rio e aí permaneceu até a morte.
Sua ação pastoral abrangeu completamente a todas as Associações Paroquiais: o Apostolado da Oração, a Catequese, a Arquiconfraria do Coração de Maria, para as quais exerceu um trabalho ministerial constante e ativo, juntamente com a perícia da arte musical.
Foi, sobretudo, nobre missionário em pregar as missões populares, por todo o Brasil, com aquela eloquência que o caracterizava e, ao mesmo tempo, com um linguajar simples e popular, que possuía. Estas Missões ele as pregou até o ano de 1977, quando começou a sofrer gravemente do coração. Neste tempo, porém, conformando-se plenamente à vontade divina, se dizia auxiliar dos trabalhos missionários, recitando frequentemente as preces e rezando muitas vezes o rosário, posto que ele não podendo usar de automóveis, nem por poucos momentos, pelo estafo de sua saúde, não realizou o ministério fora de casa.
Terminou placidamente a sua vida, mas plena de sacrifícios, sofrimentos e dores, cumulada de muitos merecimentos junto de Deus. Descanse na Paz do Senhor!
[a seguir apresentamos o Necrológio que consta do livro do Padre Teófilo Gomes Sáez (Memória dos Claretianos Falecidos. Delegação Independente do Brasil Central (1954-2003), pp. 77ss]
Pe. Irineu Garcia Ballestero
Nascimento: 10 de fevereiro de 1898
Localidade: Boadilla de Rio Seco, Palência – Espanha
Pais: Sr. Luciano e Sra. Florência
Profissão Religiosa: 15 de agosto de 1916
Ordenação: 15 de junho de 1924
Falecimento: 16 de agosto de 1984
Voou para o Céu
Depois de percorrer uma larga jornada missionária, desprendeu-se deste mundo e voou para o céu, no dia 16 de agosto de 1984, o sempre lembrado Pe. Irineu Garcia Ballestero, CMF.
O menino Irineu veio ao mundo em 10 de fevereiro de 1898 em Boadilla de Rio Seco, Palência, Espanha.
Foram seus progenitores o Sr. Luciano e a Sra. Florência.
No alvorecer de sua juventude, entrou para a Congregação Claretiana na cidade de Segóvia onde cursou todos os seus estudos seminarísticos.
Professou na Congregação no dia 15 de agosto de 1916 e se ordenou sacerdote nessa mesma cidade, em 14 de julho de 1924.
Um mês após a sua ordenação, os Superiores destinaram-no para a Província do Brasil vindo a residir na comunidade de São Paulo, por dois anos. Familiarizado com a língua e bastante habituado com os costumes do país, transferiu-se para a Casa do Méier, Rio, como organista do Santuário.
Agraciado com bela e possante voz de barítono, abrilhantava as funções litúrgicas com seus solos afinadíssimos.
Notabilizou-se como orador sacro, pregando os sermões em praça pública, quando inexistia o serviço de microfone e, quando havia, era precaríssimo.
Pe. Irineu estabeleceu, por assim dizer, seu quartel geral de atividades missionárias no Méier. Dirigiu com zelo e entusiasmo as associações: Apostolado da Oração, Santa Terezinha, N. S. das Dores; o Catecismo Paroquial e a Arquiconfraria do Coração de Maria, além de participar, muitas vezes, de missões populares.
Mourejou (trabalhou com afinco) nestas terras cariocas de 1927 a 1930, quando ajudou a construir o belíssimo Templo, estilo mudéjar, em honra do Imaculado Coração de Maria. Em 1929, quando parte da Igreja ruiu, estando ele perto, sem nada sofrer, empenhou-se de corpo e alma na sua reconstrução, mas se transferiu no ano seguinte para Belo Horizonte até 1933, retornando novamente, no final desse ano, para o Méier. Por ocasião de suas Bodas de Prata Sacerdotais em 1949, a Comunidade e os paroquianos da nossa Basílica lhe prestaram merecida homenagem.
Depois de tantos anos no Brasil, resolveu visitar, pela primeira vez, seus familiares na Espanha, em 1957.
Espiritual, dinâmico e sisudo, Pe. Irineu exerceu com proficiência seu superiorato, por um triênio, em Pouso Alegre, MG, onde em tão pouco tempo reformou e pintou o Santuário.
Com a inesperada morte do Rvmo. Pe. Anastácio Vásquez, assumiu as funções de Conselheiro e Ecônomo Provincial.
Em 1974 celebrou solenemente as Bodas de Ouro Sacerdotais na sua Comunidade do Méier, recebendo dos nossos paroquianos calorosas homenagens.
Pe. Irineu foi um religioso observante e um sacerdote zeloso.
Com a placidez dos justos, após três dias de edificante agonia, entregou seu espírito a Deus no dia 16 de agosto de 1984. As exéquias foram oficiadas pelo Pe. Provincial, Teófilo Gomes Sáez, CMF e pelos Padres presentes.
Seus restos mortais descansam no mausoléu dos Sacerdotes Claretianos no Cemitério de Inhaúma, Rio. RIP.