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Necrologium Claretianum

Padre Raimundo Subirana Plana

21/04/1977 (94 anos)

Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Pe. RAIMUNDO SUBIRANA PLANA (1977)

                               

Nascimento: 12 de março de 1883

Localidade: Olot (Gerona) Diocese de Gerona

Pais: Sr. Clemente e Sra. Rosa

Profissão Religiosa: 26 de agosto de 1899

Ordenação: 28 de abril de 1907

Enviado: 31ª Expedição, em 16 de dezembro de 1922

Falecimento: 21  de abril de 1977, no Rio de Janeiro – RJ, 94 anos

 

Olot, pequena cidade da Província de Gerona, Diocese de Gerona, foi o lugar de nascimento do menino Raimundo; nasceu aos 12 dias de março de 1883. Seus pais, Sr. Clemente Subirana e Sra. Rosa Plana, souberam educar o seu filho na piedade.

Ingressou na Congregação bem criança. Depois dos estudos de Latim, fez o seu santo noviciado emitindo os votos religiosos em 26 de agosto de 1899. Após os seus estudos de Filosofia e Teologia, ordenou-se sacerdote aos 28 dias de abril de 1907.

Como sacerdote , exerceu o professorado e outros ministérios durante 15 anos na Espanha. Foi destinado ao Brasil, tirou o passaporte em 15 de novembro de 1922 preparando a sua viagem e, um mês depois, a 16 de dezembro do mesmo ano, já estava no Brasil

Percorreu diversos Estados do Brasil como missionário popular e como pregador da palavra de Deus, desenvolvendo grande apostolado. Por volta de 1928 é destinado à Bahia para missões. Lá, durante muitos anos, como missionário viajou muito a cavalo pelos sertões baianos, levando a evangelização, promoção humana.

Também percorreu os Estados da Bahia, Pernambuco, Ceará e Piauí. Em 1937 veio para Carangola e durante o triênio, foi consultor econômico da comunidade. Em 1940 passou a ser Superior e Pároco da Carangola. Depois esteve em São Paulo como 2º Consultor da Casa e a seguir esteve como Pároco da Vila Leopoldina de 1946 a 1950.

Neste ano de 1950 celebrou o seu Jubileu Áureo de Profissão Religiosa. Por este acontecimento, o Boletim da Província, de 1950, diz: “Na penumbra do silêncio, seguindo o exemplo tradicional entre nós, sem exteriores manifestações de regozijo, o bondoso Pe. Subirana viu passar no dia 26 de agosto a data áurea de seu Jubileu de Profissão Religiosa. Bem podemos dizer que a sua maior homenagem consiste nesta feliz permanência de 50 anos, como filho da Consagração. A data jubilosa exprime em sua tocante realidade o valor de uma consciência fiel aos deveres religiosos que são fartamente recompensados com a eternidade da  posse e fruição divina, na certeza da santa promessa (consoladora) recebida do ínclito Fundador Santo Antônio Maria Claret”.

Em 1952 figura como Superior da Bahia. Terminado o triênio, foi para o Meyer como ecônomo. No Meyer celebrou o Jubileu Áureo Sacerdotal no dia 28 de abril de 1957, com muita alegria da comunidade e do povo de Deus. Em maio de 1957, foi destinado a Pouso Alegre para ajudar  pastoralmente no Seminário Claretiano e na Diocese.

Em 1960, depois de tantos anos ausente da pátria, esteve em breve temporada na Espanha, descansando e recobrando as forças. Continuou em Pouso Alegre até junho de 1963. Neste ano esteve em Santa Tereza (Rio de Janeiro) como Capelão da Capela de Santo Adolfo. Em 1964 foi transferido para a Casa da Bahia e com a supressão desta voltou para o Meyer, onde permaneceu durante doze anos, trabalhando na messe do Senhor, especialmente no ministério da confissão.

No dia 12 de abril de 1977 sofreu uma hemorragia muito forte, sendo levado para o Hospital Central do Exército, onde foi submetido a delicado tratamento de recuperação. Apesar dos desvelos da comunidade e dos médicos que o acompanhavam, às 23h30 do dia 21 de abril de 1977, o Pe. Raimundo foi chamado por Deus para receber a coroa da justiça.

Era o sacerdote no seu tempo o mais idoso da Província, morreu com 94 anos e 70 de sacerdócio. Distingui-se, sobretudo pela sua disponibilidade; estava sempre pronto para atender a todos e pela alegria, exprimia um íntimo gozo no semblante, para ele tudo estava bom.

Gostava das coisas ordenadas e era ótimo companheiro nas conversas. Apesar da idade, incentivava a renovação atual da Igreja, pelo desprendimento, estava contente com pouco, amava aos pobres e aos mesmos ajudava com obras e conselhos; cultivou a piedade sacerdotal e religiosa; o espírito de fraternidade e comunidade era-lhe muito querido.

Grande presença de fiéis esteve durante os seus funerais e ele mesmo presente diante de Deus, como intercessor por nós. Descanse na Paz do Senhor! Amém!

 

 

[a seguir apresentamos o Necrológio que consta do livro do Padre Teófilo Gomes Sáez (Memória dos Claretianos Falecidos. Delegação Independente do Brasil Central (1954-2003), pp. 68ss]

Pe. Raimundo Subirana Plana, CMF

Nascimento: 12 de março de 1883

Localidade: Olot Gerona – Espanha

Pais: Sr. Clemente e Sra. Rosa

Profissão Religiosa: 26 de agosto de 1899

Ordenação: 28 de abril de 1907

Falecimento: 21 de abril de 1977

 

Exemplar Filho de Claret

 

A grandeza de uma alma não se mede pelo termômetro da longevidade da vida, mas pelo testemunho de sua consagração a Deus e à Congregação.

Tecidas no tear do cotidiano, as belas e muitas virtudes do bom religioso só esplendem na morte. É o mistério da vida santa. Tal como a sementinha que só revela sua magnitude no porte da árvore feita.

Isto mesmo aconteceu com o nosso querido pranteado: Pe. Raimundo Plana Subirana, CMF.

Nascido no dia 12 de março de 1883, na cidade de Gerona, Espanha, foram seus pais o Sr. Clemente Subirana e a Sra. Plana.

Fez seus estudos na Congregação onde emitiu seus Votos Religiosos no dia 26 de agosto de 1899. Ordenou-se Sacerdote em 28 de abril de 1907 e, em 15 de novembro de 1922, veio trabalhar na seara do Brasil.

Alma apostólica, Pe. Raimundo evangelizou, por vários anos, nos Estados da Bahia, Pernambuco, Ceará e Piauí.

Em 1937, transferiu-se para a Comunidade de Carangola, MG, como consultor e ecônomo local.

Serviçal, humilde e paciente, os Superiores podiam contar com ele para qualquer emergência. Assim, vemo-lo, de 1946 a 1950, exercendo o cargo de Superior e Vigário em São Paulo e auxiliando também a Paróquia de Vila Leopoldina, onde, de acordo com seu estilo de vida, comemorou, com simplicidade, suas Bodas de Ouro de Vida Religiosa.

Em 1952 rumou, outra vez, para a Bahia como Superior da Comunidade. Nesse ínterim, ocorreu a divisão da Província Meridional, em abril de 1954, quando ficou incardinado à nossa Província do Brasil Central. Com a supressão da Casa da Bahia, transferiu-se, em 1955, para a Comunidade do Méier, como ecônomo local. Estimadíssimo de todos, a Comunidade e os paroquianos prestaram-lhe uma carinhosa homenagem, por ocasião de seu Jubileu de Ouro Sacerdócio, no dia 28 de abril de 1957.

Em 1960 visitou, pela primeira vez, seu torrão natal. De regresso ao Brasil, continuou a exercer seu ministério sacerdotal na Comunidade do Méier como confessor e orientador de alunos de diversos colégios.

Vítima de uma hemorragia hepática, entregou sua bela alma ao Criador, no dia 21 de abril de 1977.

Nobre, simpático, amigo de todos, Pe. Raimundo Subirana faleceu com 94 anos de idade e 70 de sacerdócio. As virtudes que mais brilharam na sua vida foram: a disponibilidade; o desprendimento; a alegria e a piedade sacerdotal e religiosa.

Em verdade, poder-se-ia aplicar-lhe o belo elogio do Livro dos Provérbios:

Seus cabelos brancos lhe ornaram a fronte, como uma coroa de glória porque trilhou sempre o caminho da justiça

Corona dignitatis canities quae in viis justitiae reperietur”.

Seus restos mortais repousam no mausoléu da Congregação Claretiana de Inhaúma, Rio de Janeiro, RJ. Descanse em paz exemplar filho de Claret. RIP.

 

 

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