Missionários
Claretianos Brasil

Necrologium Claretianum

Irmão Sebastião Garavito Ramos

16/08/1993 (89 anos)

Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Ir. SEBASTIÃO GARAVITO RAMOS (1993)

Nascimento:  18 de janeiro de 1904

Localidade: Junin, Cundinamarca, Colômbia, Diocese de

Zapaquirá

Pais: Sr. Nicolau Garavito e Sra. Amália Ramos

Profissão Religiosa: 24 de setembro de 1926

Enviado:  13 de dezembro de 1956 à Província do Brasil Central

Falecimento: 16 de agosto de 1993, Rio de Janeiro-RJ, 89 anos

 

Junin, povoado do Departamento de Cundinamarca e Diocese de Zipaquirá, na Colômbia, foi o berço do menino Sebastião, aos 18 dias de janeiro de 1904. Seus pais, Sr. Nicolau Garavito e Sra. Amália Ramos, cristãos piedosos, souberam orientar o filho na iniciação cristã, fazendo com que, fosse logo batizado na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Junn.

Na família eram quatro irmãos homens e uma mulher. Sebastião foi sempre um menino humilde, obediente e estudioso. Entrou para a Congregação em 1920 pelo Seminário Claretiano de Bogotá, como aspirante. Como demonstrasse um zelo fora do sério, pelas coisas da casa e pelas alfaias da igreja e, como naquele momento, a família não dispunha de meios para custear os seus estudos, ele permaneceu na categoria de irmão missionário claretiano.

Devido ao seu espírito humilde e firmeza na vocação, foi aprovado para perfazer o Noviciado em 1925. Em 1926 emitiu a Profissão Religiosa mediante os votos temporais, com grande alegria de seu coração por se tornar filho do Imaculado Coração de Maria.

Depois de exercer as funções de irmão missionário na Colômbia, durante 30 anos, recebeu novo destino no dia 13 de dezembro de 1956. Com uma carta datada desse dia, para o Padre Geral, Pe. Irineu Diez, recebia obediência proveniente do Padre Geral da Congregação, da sua transferência para a Vice-Província do Brasil Central, sendo seu Vice-Provincial o Pe. Crescêncio Iruarrizaga.

Enfrentando uma nova vida, chegou ao Rio de Janeiro, mas ninguém o esperava no aeroporto; como acontecia naquele tempo com qualquer itinerante claretiano, pela própria iniciativa, tinha que se industriar do melhor modo possível e, assim, tomou um taxi e foi para o Méier, nossa Casa do Rio de Janeiro. Logo, de início, assumiu, com muita humildade, sua tarefa de zelar pela casa e pela cozinha.

Esteve ocupado nestes deveres durante seis meses sendo, ao final, transferido para o Noviciado que funcionava em Mendes-RJ. Depois de cuidar da casa, toda a semana, aos sábados, partia para o Méier a fim de ajudar ao Pároco nos casamentos e logo voltava a Mendes, após a Missa do meio-dia de domingo.

Para facilitar a sua vida, foi transferido para a Casa de Santa Tereza (Rio). Foi uma época de grande crise no Rio, tornando-se difícil encontrar alimentos, sendo enorme sacrifício para o Ir. Sebastião tê-los que achar para comprar; para isso, tinha que fazer longas caminhadas, para encontrar o necessário para a cozinha.

Devido a este trabalho intenso, grande estafa veio apoderar-se do Ir. Sebastião e, por isso, foi transferido para o Méier. Após consulta e diagnósticos médicos, foi internado, recebendo os cuidados da enfermeira Maria Blandina, que sobreviveu à sua morte. Restabeleceu na saúde, reassumiu suas tarefas no Méier como ecônomo, cozinheiro e enfermeiro dos Padres.

Em 1979, nos meses de setembro e outubro, em gozo de merecidas férias, foi visitar os seus parentes e sua cidade natal. Voltando, não se ausentou mais do Méier. Durante 37 anos viveu no Brasil, a maior parte deles no Rio, cidade que aprendeu a amar.

Antes do final do mês de julho de 1993, teve que ser internado mo Hospital Ordem Terceira da Penitência, onde, entre as inúmeras visitas, destacou-se a do Revmo. Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales, Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro-RJ. E assim, após 20 dias de longo sofrimento, 10 no hospital e 10 dias na comunidade dos Missionários Claretianos do Rio, o Ir. Sebastião Garavito Ramos, com 89 anos de vida, veio a falecer no dia 16 de agosto de 1993.

Foi velado o seu corpo e, após o velório, foi rezada Missa de Corpo Presente, presidida pelo Superio Provincial, Pe. João batista Megale, co-celebrada por mais quatro outros claretianos e um dos Padres Joseleitos de Cristo. Logo houve o sepultamento no Cemitério de Inhaúma, seguiram-se as últimas orações na capela do jazigo dos claretianos sob os tristonhos semblantes dos presentes.

Antes do adeus final, o Superior Local, Pe. Luiz de Matos Pereira, fez uma pequena oração fúnebre, concitando todos a fazer com que a vida de cada um possa ser vivida na visão da virtude e da humildade testemunhada pelo Ir. Sebastião Garavito Ramos. Descanse na Paz do Senhor! (Boletim da  Província do Brasil Central, pg. 36).

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