Grijalba, pequena cidade da Província e Diocese de Burgos, Espanha, foi o berço do menino Benedito, onde ele viu pela primeira vez a luz do sol, no dia 4 de maio de 1904. Seus pais, Sr. Francisco e Sra. Isidora, cristãos fervorosos, infundiram no filho aquele temor de Deus e piedade, que logo surgiu vigorosa a semente da vocação religiosa e sacerdotal.
Entrou na Congregação pelo Postulantado de Segóvia, portanto, tendo a sua origem no Instituto na Província de Castela, onde fez os seus estudos de Latim. Passados esses anos de latinidade e aprovado para o Noviciado, fez o seu Ano de Provação em Alba, sob a guia do experimentado Pe. Guevara, em 1920. Emitiu os seus votos temporais pela Profissão Religiosa em Segóvia, em 15 de agosto de 1921.
Uma vez professo perfez os seus estudos de Filosofia, Teologia Dogmática, Teologia Moral e Direito Canônico nos Colégios e Seminários de Beire e Calceatense, respectivamente. O ano de Preparação aos ministérios ou Ano Pastoral em Aranda de Duero.
Foi enviado ao Brasil em 1930, aos 20 dias de setembro, fazendo parte da 37ª Expedição de Missionários Claretianos, composta dos seguintes membros e companheiros: Padres Jesus Osés, Valentim Rodriguez, Crescêncio Iruarrizaga e o Ir. Ambrósio Sanábria.
Em 1931, partiu já para o primeiro destino, a cidade “Sorriso”, Curitiba. Aí consagrou a sua vida sacerdotal em dar as disciplinas da escola primária e secundária, mas trabalhou como missionário e apóstolo em grande parte de sua vida, em dar a catequese, com serviços de visitas pastorais, conferências e, sobretudo em exercer a Pastoral Paroquial, nas comunidades de Porto Alegre, Curitiba, Ribeirão Preto, Goiânia e Taguatinga.
Derramando jatos de luz sobre as almas, para a glória de Deus e da Virgem, pregou missões populares, com o Pe. Ballesteros na Zona da Mata mineira, em 1936. Transfere-se a Campinas, em 1938.
Em dois decênios seguidos (1940-1945) foi Superior e Pároco de Livramento, onde promoveu missões populares (1944), desempenhando sua jornada apostólica na campanha gaúcha. Mais dois triênios, esteve com os mesmos cargos em Ribeirão Preto (1946-1951).
Do Rio veio a São Paulo, para comemorar as Bodas de Prata Sacerdotais com os seus colegas, Padres Crescêncio e Jesus em 2 de junho de 1954, depois no dia 6 de junho, recebeu as homenagens dos paroquianos do Méier, que lhe ofereceram 3 bolsas de estudo para seminaristas pobres. Ainda alguns dias depois, 11 de junho do mesmo ano, partia para Goiânia a fim de substituir, como Catedrático de Língua e Literatura Espanhola, ao Pe. Isidoro Balsells, eleito Ecônomo Provincial da Província Meridional. Aí continuou como Superior e Pároco, inaugurando a nova Casa da Comunidade, criando uma escola, atingindo, assim, os três objetivos: igreja, casa e escola, como dizia ele na sua gestão, promovendo ainda missões populares, na cidade.
Foi encarregado de secretariar a Dom Abel Ribeiro, na criação da Diocese de Goiânia em testemunhar e certificar as Bulas Pontifícias da instalação desta nova Diocese. Lá permaneceu até 1963. Aparece como 1º Consultor em Mendes, de 1964 a 1966. Estava em Belo Horizonte, em 1967 até 1971, como 1º Consultor.
Em 1979 a 2 de junho, Pe. Benedito Rodriguez celebrou solenemente as suas Bodas de Ouro Sacerdotais, juntamente com os companheiros de turma, que com ele vieram ao Brasil, Padres Crescêncio e Jesus, em Belo Horizonte. Voltou para Taguatinga, vivendo lá a partir de 1979 os anos seguintes.
Cultivou a poesia, em particular a poesia lírica, compôs muitos versos belos e suaves, que foram bastantemente divulgados em revistas claretianas da Espanha e do Brasil. Regeu durante muitos anos, comunidades, nas quais, o mesmo como animador e diretor andava na frente com o exemplo de sua vida e vivente imitação dos outros. Cheio de méritos e virtudes faleceu aos 81 anos de idade na cidade de Taguatinga-DF, em 2 de julho de 1985. Descanse na Paz do Senhor!