Antônio Prado de Minas, vilarejo, que pertence ao município de Eugenópolis, é o lugar onde nasceu o Padre Adolfo Rodrigues Pereira CMF. Seus pais, Hilário Rodrigues Pereira e Martinha Ferreira Pires Pereira eram lavradores, portanto, família simples, mas cheia de fé. O filho Adolfo nasceu em 04/04/1915. Foi educado no temor de Deus e nas virtudes cristãs. O despertar de sua vocação certamente ocorreu com os contatos de alguns claretianos com sua família.
Em 28/01/1928, entrou para o pré-postulantado de São Paulo. De 1928 a 1931, em São Paulo e Curitiba, fez os estudos do Seminário Menor. Em fins de 1931, veio de Curitiba para Guarulhos para iniciar o Noviciado. Terminado o Noviciado, em 08/12/1932, fez em Guarulhos a profissão religiosa. De Guarulhos foi para Rio Claro e lá fez os estudos de Filosofia. No início de 1935 foi para Curitiba para iniciar os estudos de Teologia. Em 05/04/1936, fez a profissão perpétua. À medida que avançava nos estudos, foi recebendo as ordens menores. Em 18/05/1940, recebeu a ordem do diaconato.
Na Paróquia do Imaculado Coração de Maria de Curitiba, no dia 22/09/1940, Dom Ático Eusébio da Rocha lhe conferiu a ordem do Presbiterato.
Recém-ordenado, recebeu o encargo de coadjutor dos estudantes de Curitiba. Em 1941, foi transferido para São Paulo como professor do Colégio Claretiano e capelão do Colégio Sion. De São Paulo foi transferido para Rio Claro, em 1950. Lá ocupou os cargos de prefeito dos seminaristas e professor. De Rio Claro foi transferido para Esteio – RG, em 1957, ocupando o cargo de superior da Casa. Em 1960 volta para a casa de São Paulo como ecônomo e professor. De 1967/68 prestou serviços em Pouso Alegre – MG e Batatais como professor. Depois foi transferido para Campinas, onde trabalhou como vigário paroquial da paróquia de Nossa Sra. do Rosário, entre 1969/72.
Com a fundação da nova casa em Limeira – SP, em 1972, o Pe. Adolfo foi para lá destinado com os cargos de superior, ecônomo e vigário paroquial. De Limeira foi transferido para Ribeirão Preto e depois para Santos.
Em 1986, com a mudança do Filosofado de Rio Claro para Ribeirão Preto, o Pe. Adolfo foi transferido como vice-superior, vigário paroquial e auxiliar na formação dos estudantes de Filosofia. Em 1992, foi destinado para a comunidade de Batatais como vigário paroquial e capelão da Santa Casa local.
Pela série de transferências contínuas, se pode perceber com que disponibilidade o Pe. Adolfo se dispunha nas mãos dos superiores.
Simples e humilde, abraçou a pobreza evangélica com coragem. Contentava-se com o indispensável. Eram as necessidades espirituais que o preocupavam. Pelas paróquias que passou sempre demonstrou um grande zelo pastoral e missionário no atendimento ao povo, às confissões, sobretudo, nas visitas aos doentes. Nunca se negava a nada, apesar de suas enfermidades, de seus pés inchados. Como ele mesmo dizia: “Sinto o peso dos anos, mas não me impede de trabalhar um pouco e ser útil”.
Filho devotíssimo do Coração de Maria passava boa parte do tempo dedilhando as contas do Santo Terço em louvor a Maria. Perguntado uma vez sobre sua vocação, disse: “procuro viver alegremente esse dom de minha vocação religiosa e sacerdotal, que considero como um especial favor e graça de Deus”. Na vida de comunidade era muito fiel às práticas comunitárias. Sempre estava presente na Liturgia das Horas, recitação do terço, retiros e recreações. Encontrava-se sempre integrado nas alegrias e sofrimentos fraternos da comunidade.
Seus últimos dias viveu em Batatais como sempre. No dia 04/03/1995 levantou-se de manhã, fez a barba, sua higiene pessoal e vestiu-se. Logo em seguida, no seu próprio quarto, teve um infarto agudo, seguido de parada respiratória. Quando o buscaram para o café da manhã o encontraram morto em sua habitação. Assim foi a Páscoa do Pe. Adolfo!
Seu corpo foi velado na Igreja Paroquial do Coração de Maria. Após a missa de exéquias, presidida por Dom Arnaldo Ribeiro, arcebispo de Ribeirão Preto e concelebrada por diversos padres claretianos, seu corpo foi sepultado no jazigo da Comunidade Claretiana de Batatais.
Obrigado, Pe. Rodrigues, pelo seu testemunho, pela sua bondade.
Descanse em paz!