O Irmão Ângelo Payás Carol nasceu em 21/12/1905, em Santa Maria de Corcó, pequeno “pueblo” perto de Barcelona, Espanha.
Seus pais, Juan Carol e Margarita Payás. A família teve 14 filhos. Trabalhavam na agricultura. A família do Irmão Carol, como o chamavam, era uma família muito simples, mas de profunda vivência da fé cristã. Dizia o Irmão Carol que sua família era devotíssima de Nossa Senhora do Monte Serrat. Foi neste clima de muita vivência religiosa que certamente brotou a vocação do Irmão Carol.
Com 17 anos, o jovem Ângelo entrou para o Seminário de Vic, cidade onde os Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria tinham sua casa de formação para os jovens que desejavam ser irmãos missionários. Acolhido nesta casa, aí recebeu os primeiros ensinamentos da vida claretiana. Após algum tempo de experiência com a comunidade claretiana, em 14/08/1923, dirigiu-se para Cervera e lá fez seu ano de Noviciado. Em 15/08/1924, fez sua profissão religiosa em Cervera. Durante os anos de 1924 a 1930, esteve trabalhando no Noviciado nos serviços domésticos e completando sua formação. Em 15/08/1930, fez sua profissão perpétua. Logo em seguida foi destinado ao Brasil. No dia 14/11/1931, o jovem irmão missionário, Ângelo Payás Carol chegava ao Brasil.
Depois de algum tempo de adaptação com os padres e irmãos da comunidade de São Paulo, seu primeiro destino no Brasil foi Guarulhos. Os dons do Irmão Carol eram a simplicidade e o altar. Gostava de ser sacristão. Passava o dia cuidando das peças do altar, consertando lâmpadas, e outras coisas que deveriam ser reparadas. Este desvelo ele sustentou até o fim da vida.
Há no arquivo provincial uma caderneta que consta ter ele trabalhado como cobrador da Revista Ave-Maria, aproveitando de suas viagens para angariar donativos e bolsas de estudo para nosso seminário. Viajou pelas cidades da Via Sorocabana, da Mogiana, da Central do Brasil, Leopoldina e Adoradense.
Em 1965, parou de viajar como propagandista e cobrador da Revista Ave-Maria. Foi destinado para a casa de Curitiba. Lá exerceu com muita dedicação os cargos de porteiro e outros serviços domésticos. De Curitiba foi transferido, em 1965, para Campinas, exercendo os trabalhos de sacristão, porteiro e outros serviços da casa. O biênio 1978/1979, esteve trabalhando em Santos com os mesmos afazeres domésticos.
Em 1979, veio para São Paulo como sacristão da paróquia, fazendo sempre o que de melhor sua saúde permitia. Estava sempre presente nas missas e acolhia a todos quantos buscavam seu atendimento. Conciliava seus afazeres da paróquia com a participação da vida comunitária. Estava sempre presente nas orações da comunidade, nas reuniões, retiros e recreações.
Com o passar dos anos, o Irmão Carol se viu desgastado e cansado. Recolheu-se na comunidade de São Paulo e aí viveu seus últimos anos, dedicando-se a oração e a convivência fraterna. Sempre amável, simples e fiel aos atos de piedade, sobretudo, ao santo rosário. Desgastado pela diabete, com 93 anos de idade, entregou sua bela vida a Deus e ao Coração de Maria, que ele tanto amou. Faleceu no dia 29/07/1999, tendo antes recebido os Santos Sacramentos. Seu velório foi na Igreja Matriz. Após a missa de exéquias, presidida pelo Padre Provincial e concelebrada por diversos padres claretianos, com presença de muitos amigos e paroquianos, seu corpo foi sepultado no jazigo da Congregação no Cemitério do Santíssimo Sacramento.
A Província guarda com carinho os exemplos de vida do Irmão Carol. Sua bondade, sua alegria serão recordadas para sempre.
Descanse em paz!
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