Piracicaba, a bela e próspera cidade do rio que lhe dá o nome, no Estado de São Paulo, Diocese do mesmo nome, Brasil, foi o lugar do nascimento de Antônio, aos 4 dias de abril de 1914. Seus pais, Sr. José e Sra. Tereza, de origem italiana, católicos praticantes, deram ao filho uma educação religiosa e inclinada às coisas da Igreja.
Com todo o entusiasmo da juventude, com 14 anos, entrou para a Congregação em 1928; como já era vocação adulta e não tendo base suficiente para os estudos eclesiásticos, foi adstrito ao número dos Irmãos Missionários. Fez o Noviciado em Guarulhos e professando com os votos temporais, esteve primeiro, como professo em Guarulhos e, depois, em diversas comunidades da Província, prestando os serviços próprios dos Irmãos Missionários; em alguns desses afazeres chegou a aproximar-se da perfeição e alguns mais de não leve importância, como de exímio alfaiate. Os Senhores Bispos e muitos sacerdotes a ele recorriam para que lhes fizesse as suas vestes próprias, paramentos, com todo o requinte e com todos os apetrechos.
Prestou, durante alguns anos, serviços na Gráfica e Editora Ave Maria, a fim de selecionar fascículos desta Revista para sua remessa, todas as sextas-feiras, como semanário que era; realizava tudo isto com certa perfeição e relativa rapidez.
Viveu alguns anos fora da Congregação, por motivos familiares, então, embora junto dos seus, na cidade de Piracicaba, deu o seu testemunho cristão com provada conduta e cooperou ativamente e com assiduidade na paróquia e, de maneira particular, no “Lar Franciscano”, Instituto para aqueles que carecem de pais.
Manifestou, então, nele um pendor que já possuía para a música. Esta propensão aplicou-a aptamente para solenizar a liturgia e dirigir coros de cantores, aos quais depois de ele mesmo os ensinar, dirigia com perfeito equilíbrio e solércia. Neste mesmo período, se exibiu como egrégio cantor de rádio e em teatros.
Porém, a vocação claretiana era-lhe mais cara do que todas as outras coisas, porque ela atraia sua alma; assim, quando entendeu que a família não precisava mais do seu auxílio, voltou de novo à Congregação em 1968 e, no ano de 1972, emitiu a sua Profissão Perpétua e, no dia 22 de agosto de 1973, foi ordenado Diácono Permanente.
Foi o primeiro Diácono Permanente da Congregação. Exerceu a Diaconia durante nove anos com toda a sua alma e grande amor, distribuindo abundantemente o ministério da palavra e dos sacramentos e sacramentais.
Com os seus dotes musicais de egrégio cantor, de maestro e com os corais dos cantores aos quais ele mesmo formava e ensaiava, e ainda com os seus préstimos de organista, prestou importantes serviços e abrilhantou muito o esplendor da vida litúrgica, não só da Paróquia do Coração de Maria, de Santos, como também, a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário em Campinas, sobretudo.
Nesta última Paróquia, era conhecido por todos e querido de todos. Por esta razão se fez presente, em seus funerais, um grande concurso de cidadãos, os quais abertamente deram sinais de tristeza e oração pedindo para ele o eterno descanso dos justos. O mesmo, desde o céu, exerça o ministério de intercessão para a Província e para toda a Congregação. Descanse na Paz do Senhor!