Em Styrum, terra do famoso Rio Reno, Diocese de Colônia, na Alemanha, viu a primeira luz do dia, o menino Carlos, aos 10 de abril de 1886.
Seus pais, Sr. Guilherme e Sra. Maria, vivendo num país protestante, como era a Alemanha, apesar das dificuldades das circunstâncias e situações de um país não católico, souberam dar a seu filho Carlos uma educação sólida, cristã e católica, a ponto de despertar nele inclinação e vocação religiosa.
Ingressou para a Congregação, fazendo parte do Postulantado Alemão da ex-Universidade de Cervera. Aos 25 anos de idade, portanto, já bem maduro, fez o seu Noviciado na Universidade Cervariense e, a 12 de fevereiro de 1912, emitiu seus votos perpétuos, constituindo-se Filho do Imaculado Coração de Maria, como irmão missionário.
Durante nove anos, viveu nesta categoria de irmão missionário professo na Espanha, recebendo seu destino para o Brasil na metade do ano de 1921. Precisamente, chegou ao Brasil, fazendo parte da 30ª Expedição de Missionários Claretianos, composta dos Padres Pedro Schweier, Frederico Jurczyk, Anastácio Vasquez e os Irmãos Carlos Wick e João Lopes, no dia 02 de outubro de 1921.
Já no dia 6 do mesmo mês, diz a história da Casa de São Paulo, os dois irmãos foram destinados para Campinas. Seus colegas da Expedição, os padres, só foram destinados no ano seguinte, em 1922: o Pe. Pedro Schweier, no dia 13 de fevereiro, para Belo Horizonte, e, no dia 14 de fevereiro, o Pe. Frederico Jurczyk, para Porto Alegre e para aí também, no dia 20 do mesmo mês, o Pe. Anastácio Vasquez.
Em Campinas, sua primeira residência, o Ir. Carlos seguiu as veredas da piedade, sendo suas delícias o trabalho e a oração, transcorrendo assim a maior parte de sua existência.
Tinha grande devoção ao Imaculado Coração de Maria e a Santo Antônio Maria Claret, nosso santo Fundador, cuja beatificação esperava com ânsia e o mesmo se dizem da sua Canonização, em 1950. Sempre teve grande júbilo pelas notícias favoráveis à Congregação, sobretudo, no que diz respeito à Alemanha, sua pátria.
Fugia dos que tinham deixado a Congregação. Desempenhou, sempre com grande amor, os múnus (tarefas) exercidos nas Casas onde morou. Depois de Campinas, foi visto em Rio Claro, no seminário Claret, em 1930 e 1931, como exímio cozinheiro. Punha muito capricho no preparo das comidas e, então, os pratos eram preparados na cozinha (pratos feitos) com muito carinho, muita limpeza e muita ordem.
Em 1932, ele estava já em Batatais, onde, durante muitos anos, prestou seus serviços ao Colégio São José, sobretudo, como sacristão, trazendo toda a alfaia e tudo o que se referia à Liturgia, com muita limpeza. Em Batatais, residiu mais de trinta anos, dos 80 anos de toda a sua existência. Faleceu aí mesmo, em Batatais, no dia 08 de maio de 1966, confortado com todos os Santos sacramentos.