Serrinha, cidade do Estado da Bahia, Diocese de Salvador, vira nascer o menino Benício, aos 13 de junho de 1894. Ele se vangloriava de ser natural de Serrinha, próxima da capital baiana. Seus pais, Sr. Pedro e Sra. Laurinda, bons cristãos, infundiram no filho o temor de Deus e também piedade e devoção à N. Sra. Com isso e o contato com as primeiras missões populares que os missionários claretianos pregavam, ele criou vocação e partiu para São Paulo em 1919, ano em que entrou na Congregação.
Em 1920 começou o noviciado na residência (Fundação Nova) dos Padres em São Vicente, (hoje Seminário Diocesano). Foi o primeiro postulante brasileiro, que entrou na qualidade de irmão missionário e que perseverou até o fim da sua vida na Congregação.
Em 1920 começou o noviciado na residência (Fundação Nova) dos Padres de São Vicente (hoje Seminário Diocesano). Foi o primeiro postulante brasileiro, que entrou na qualidade de irmão missionário e que perseverou até o fim da sua vida na Congregação.
Houve um primeiro candidato a irmão missionário na pessoa do Ir. Cândido Jacinto de Lima, brasileiro, que depois do seu noviciado realizado na Casa de São Paulo (Rua Jaguaribe) fez a sua profissão aos 29 de setembro de 1906. No entanto, este irmão abandonou a Congregação, no dia 19 de março de 1920, depois de 14 anos de vida religiosa, tendo antes obtido a dispensa dos votos. Não perseverou.
Mas o Ir. Benício emitiu os votos religiosos em 21 de abril de 1921 e amou a vocação claretiana ardentemente e até o fim da sua vida e, ainda, foi um dos pioneiros na Fundação dos Seminários de Guarulhos, Rio Claro e Esteio.
Desempenhou os cargos domésticos, como hortelão, cozinheiro, porteiro, servindo aos Padres e Irmãos das Casas onde esteve. Também percorreu léguas e léguas ao lombo de animais no sertão de Goiás, juntamente com outros santos missionários, na evangelização e catequese daquele povo desprovido até do necessário.
Trabalhou em diferentes casas, sendo a alegria dos coirmãos de tal modo que no tempo destinado ao relaxamento de ânimo, nas recreações, agradava a todos os que com ele conversavam por seus ditos e histórias e levava a todos a momentos verdadeiramente interessantes. Era de índole muito agradável.
Durante muitos anos pertenceu à equipe que propagava a Revista Ave Maria. Como propagandista da boa imprensa, na Ave Maria, começou em 1944 e seguiu até 1969. Nesses anos de viagens sob um clima dos mais adversos, desde o sol escaldante, e calor sufocante, até o inverno chuvoso de ventos e geadas, o Ir. Benício percorreu centenas e centenas de cidades principalmente no Sul, Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Devido à doença (diabete) que o acompanhara por mais de 10 anos com grande pesar deixou de viajar e novamente voltou a cuidar da horta em Campinas.
Após alguns meses de permanência em Ribeirão Preto veio a São Paulo, onde permaneceu até o dia de sua morte. Nos últimos anos de sua vida confeccionou grande quantidade de terços para a Livraria Ave Maria e até algumas horas antes de sua morte, antes de sentir o mal maior, estava empenhado neste trabalho.
Foi sempre um religioso piedoso, cônscio de suas obrigações e fazia muita questão da pontualidade aos atos de comunidade. Embora fosse um tanto rude no modo de falar e de se expressar, não era capaz de criar inimizades e sempre procurava defender a Congregação, mesmo diante de autoridades eclesiásticas.
Durante os últimos instantes de sua vida, foi admirável o domínio de si mesmo, pior naquela hora de terrível transe, não se ouviu nenhuma queixa ou lamúria, apenas súplicas a Deus.
Assim assistido por diversos coirmãos da Comunidade de São Paulo, recebeu os últimos Santos Sacramentos da Unção dos Enfermos e o Viático e palavras de encorajamento de Padre da Congregação. Com 78 anos de idade, 25 anos de propagandista da Revista Ave Maria e 52 anos de proficiente vida religiosa, faleceu em São Paulo no dia 22 de outubro de 1972 o Ir. Antônio Joaquim Benício. Subam orações ao alto por ele que tanto lutou para a amada Congregação. Descanse em Paz de Jesus e Maria!