IR. SEBASTIÃO BUIL GARCEZ, CMF

Data de Nascimento:

20 de janeiro de 1891

Falecimento:

Falcimento: 12/10/1946 (55 anos)

Cidade:

La Zaida (Saragoça), Diocese de Saragoça

Nascimento: 20 de janeiro de 1891

Localidade: La Zaida (Saragoça), Diocese de Saragoça

Pais: Sr. Pedro e Sra. Antônia

Profissão Religiosa: 08 de setembro de 1909

Enviado: 22ª Expedição em 26 de junho de 1913

Falecimento: 12 de outubro de 1946, em São Paulo, 55 anos

O Ir. Sebastião Buil Garcez nasceu em La Zaida, Diocese de Saragoça, Espanha. Era o dia 20 de janeiro de 1891. Seus religiosos pais educaram-no piedosamente nos princípios e práticas da religião.

Aos 17 anos de idade, em 1908, seguindo o chamamento de Deus para um serviço e uma vida mais perfeita, recorreu logo à nossa Congregação, entrando no Noviciado de Cervera. Deu tão bons exemplos aos seus companheiros, que foi admitido à profissão religiosa no dia 08 de setembro, Festa da Natividade de Nossa Senhora do ano de 1909. Depois de professo, sua residência foi Barbastro.

Havendo nele perseverança incessante de uma vida regular exemplar, após algum tempo de permanência em Barbastro, os Superiores enviaram-no à Província do Brasil, onde a escassez de Irmãos Missionários era sensível.

Chegando ao Brasil na Expedição que lá aportou a 26 de junho de 1913, chefiada pelo Pe. Sebastião Pujol Esquerrá, com o Pe. Raimundo Canals Sunier e Ir. Elias Pujol Mena, teve a oportunidade de exercitar para o bem da Congregação, a sua prontidão nos serviços e dedicada laboriosidade santificada com uma devoção sincera e assídua observância das Santas Regras.

Desempenhou, pois, com esforço e constância, diversos ofícios principalmente os de alfaiate, roupeiro e sacristão nas Casas de São Paulo, Campinas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Bahia, voltando à Casa de São Paulo, como para seu último destino, onde ajudava os irmãos da copa e da alfaiataria. São Paulo foi de fato o teatro das suas atividades além dessas comuns aos Irmãos Missionários. Aí foi solícito auxiliar do irmão porteiro, sendo admirável a diligência que procurava atender os chamados e servir a todos os pedidos.

Para que todos os serviços materiais da Adoração Noturna, então em toda a sua pujança no Santuário do Imaculado Coração de Maria, não criassem dificuldades, antes suavizassem o sacrifício dos Adoradores, ele quis ser o encarregado da limpeza e da arrumação de quartos e camas, não escondia a tristeza que lhe ia na alma, quando alguma turma da Adoração estava fraca ou menos freqüente do que a sua devoção desejava, pois não deixava de assistir as vigílias e principalmente as missas da meia noite. Ajudava, também as missas com muita devoção, assim como empregava sua diligência nas noites de Adoração, aos domingos, prestava-se a todos os serviços extraordinários com boa vontade e prontidão.

Seu amor à Congregação era grande, e manifestava-o com conhecimento invulgar que possuía das coisas e membros da Congregação e sentia emulação pelas glórias e vantagens externas de outras Congregações e Ordens.

É preciso frisar bem a caridade e dedicação que tinha pelos doentes: visitava-os quase diariamente, quando nos hospitais e constantemente, quando em casa, prontificava-se a lavar, a toda hora, as roupas dos enfermos; por forma nenhuma queria que essas roupas fossem entregues para lavar fora de casa.

Onde trabalhou incansavelmente, desafiando calores e chuvas, não medindo dificuldades no transporte e nas distâncias, foi a Obra da Propagação de em São Paulo. Na entrega da propaganda cansava-se, sem por isso perder o bom humor e desanimar, ainda que voltasse suando em bica e chegando tarde. Teve ensejo de visitar todas as igrejas, colégios e asilos de São Paulo, antes de conhecer o caminho, quantas viagens!

Quantas vezes teve de voltar, no dia seguinte, por não ter encontrado a igrejinha ou capela. Se sempre foi verdade, aquilo de que são belos e formosos os passos dos que anunciam o bem, dos que levam o anúncio da paz, pode assegurar-se de que os passos de nosso pranteado Ir. BuiIleram belos, formosos e apostólicos.

Foi no grande dia de Festa da “Pilarica”, como ele dizia, Padroeira de sua Diocese e da Espanha, que esses passos foram cortados para sempre. Antes de  sair de casa dia 12 de outubro, dissera: “Hoje é um grande dia”. Seus passos foram paralisados para sempre sob as rodas de um caminhão que em aceleradíssima velocidade se lançou sobre ele, deixando-o sem vida após ter-lhe quebrado os ossos principais do seu corpo. Foi um desses serviços da Obra da Propagação de  em que o Ir. Buil deu sua preciosa vida a Deus, indo receber o prêmio de suas virtudes e sacrifícios.