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Mensagem do Superior Geral na Festa de Santo Antônio Maria Claret

Queridos irmãos,

Uma festa alegre e abençoada do nosso querido Fundador, Santo Antônio Maria Claret, para cada um de vocês!

Ao celebrar sua festa neste Ano do Jubileu, voltamos a contemplar sua vida como uma fonte de inspiração evangélica. Claret nos ensina a caminhar como peregrinos da esperança e artesãos da paz em um mundo faminto de sentido. Ao contemplar suas missões, surpreende-nos ver como as pessoas acorriam em grande número para ouvi-lo — não buscando espetáculo ou lucro algum, mas o Pão da Palavra e o fogo da Esperança. As multidões que enchiam a catedral de Vic — tão cheias que até uma vez a pia batismal desabou — reuniam-se porque Claret era um homem que alimentava as almas. Nele, a Eucaristia celebrada e a Palavra proclamada tornavam-se alimento para o cansado, luz para o confuso, consolo para o ferido e esperança para o pobre.

De onde Claret aprendeu tal ternura e ardor apostólico? Aprendeu-o na escola de Maria, Mãe e Formadora dos Apóstolos. Com o passar dos anos, um profundo e maternal espírito de cuidado foi amadurecendo nele. Naquela nota comovente de 1870 — uma das últimas — contemplou Maria e viu os seus Missionários como “os braços e os seios maternos”, por meio dos quais Ela alimenta seus pequenos com sabedoria e amor. Em um tempo como o nosso, saturado de imagens erotizadas, tal linguagem pode surpreender; no entanto, para Claret era uma linguagem mística e eucarística: um símbolo do amor oblativo que gera vida, um chamado a nutrir os outros com o mesmo alimento que nós mesmos bebemos do Coração de Maria e do Coração de Cristo.

Este é, irmãos, o chamado que recebemos hoje: ser homens que alimentam a esperança, que geram vida ao seu redor; formar comunidades que sejam lar, mesa e refúgio; exercer ministérios que nutram, curem e elevem aqueles que nos são confiados. O Reino de Deus — que Jesus veio anunciar — continua sendo a grande visão alternativa que nosso mundo anseia. Não tenhamos medo de testemunhar esta esperança com clareza, compaixão e coragem.

Como peregrinos neste Jubileu, bebamos como Claret da fonte do Amor autêntico, que é o único capaz de saciar os anseios mais profundos do coração humano. E, como filhos do Coração de Maria, que brotem do nosso interior rios de água viva (cf. Jo 7,38), chegando aos desertos do coração humano e fazendo-os florescer com vida nova.

Encomendo cada um ao Imaculado Coração, para que Ela nos faça, como a Claret, buscadores apaixonados de Deus e servidores incansáveis de nossos irmãos.

Feliz festa do nosso Fundador!

P. Mathew Vattamattam, CMF
Superior Geral

Roma, 24 de outubro de 2025

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