PE. ABÍLIO PINTO OSÓRIO, CMF

Data de Nascimento:

11/07/1879

Falecimento:

Falecimento: 09/02/1953 (73 anos)

Cidade:

Porto, Portugal

Pinheiro, Freguesia de São João de Tarouca, Lamego, Diocese Lamacense, Portugal, foi o lugar do nascimento do menino Abílio Osório, apelido do nome do Padrinho de Batismo, nasceu no dia 11 de junho de 1879. Foi o caçula do segundo casamento de sua senhora mãe. Seus pais, Manuel e Senhorinha, eram católicos praticantes. Tiveram dois filhos padres, Germano e Abílio. Este, o biografado, aos 17 anos, sentiu-se chamado ao sacerdócio, entrando no Colégio N. Sra. da Lapa, dirigido por Padres Diocesanos: Cônego Galvão e Pe. Ferreira. Perfez os cursos preparatórios aí, e as disciplinas propriamente eclesiásticas no Seminário de Lamego sob orientação do Pe. José de Carvalho, mais tarde sagrado Bispo de Viseu, Portugal.

Pe. Abílio, nesta fase de sua vida, foi financiado pelo irmão mais velho, Pe. Germano M. Pinto que, além disso, o contemplou largamente no seu testamento. Foi ordenado sacerdote aos 24 dias de setembro de 1904 e depressa, toma posse da Freguesia de Mondim da Beira, onde ainda hoje é lembrado pelas virtudes. Pouco tempo pastoreou este rebanho, pois em novembro de 1908 emitiu os votos religiosos na Congregação Claretiana, depois de realizar o Noviciado em Segóvia, sob a direção do abalizado Mestre Pe. Arumi.

Sua vocação claretiana foi consequência do seu caráter retilíneo e austero; no entanto, motivaram-na: a) os espinhos da vida paroquial, a este respeito, o Pe. Adriano Alves Silva, sacerdote de Lamego amigo do biografado, escrevia: “Vinha muitas vezes desabafar comigo, as suas tristezas e mágoas, principalmente por causa de uma festa quase pagã, a de Sta. Bárbara, que fez muito com que ele tomasse a resolução de deixar o mundo e ir internar-se na Ordem Religiosa do Coração de Maria”; b) a política com a intromissão do Estado nas coisas da Igreja, desvirtuava a sua ação sacerdotal; c) mas, sobretudo, o modo de vida que o poria a salvo dos seus inimigos; e d) garantia-lhe maiores meios de santificação e união com Deus e Maria.

Rompeu, inclusive a oposição do Sr. Dom Francisco, Bispo de Lamego, as demonstrações sinceras dos seus paroquianos, abordado por uma comissão de Homens e Mondim etc. (…) e calcando tudo isso, passa a fronteira da Espanha, em companhia do Pe. Valdomiro Ciriza, C.M.F. para entrar no Noviciado Claretiano de Segóvia.

Enquadrou-se plenamente na vida comum, é verdade, com quarto privativo, como sacerdote, servido com dedicação pelo Sr. Aníbal Coelho, que o acompanharia no apostolado em terras brasileiras e recolheria seu último alento. Logo de professo, voltou a Portugal, com destino ao Porto e, logo a seguir, foi fazer parte da comunidade do Colégio Seminário de Aldeia da Ponte, como professor e pregador.

Vivendo na cidade de Manteigas, foi surpreendido pela revolução portuguesa de 1910, e em 14 de outubro daquele ano, passou de novo a fronteira em demanda de asilo da cidade Rodrigo e de Segóvia. Atleta da vida natural e sobrenatural, os Superiores, depressa, lhe proporcionaram outro campo de ministérios em prol das almas. Foi destinado ao Brasil, chegando da Espanha a 22 de janeiro de 1911 com os Padres Valdomiro Ciriza, seu pai espiritual, Isidoro Martinez e os Irmãos Rodrigues e Dos Santos., a bordo do vapor “Europa”.

Seu primeiro destino foi Pouso Alegre. Em 1912 fizeram-se eleições de governo e o Pe. Abílio foi nomeado Primeiro Consultor de Campinas e, a seguir, em 1914, estava em Belo Horizonte. Como missionário dinâmico, sempre com aprumo de apóstolo, cumpridor dos seus deveres, esteve auxiliando ao Bispo de Arassuaí em visita pastoral às paróquias do sul da Diocese de Teófilo Otoni nos princípios de 1917. Houvera pedido para sair desta casa e assim veio a São Paulo e daí passou a Ribeirão Preto; antes fez uns dias de retiro espiritual.

No dia 17 de setembro de 1917 era um dos pioneiros na fundação daquela casa, iniciando os ministérios da paróquia e das inúmeras fazendas ao redor. E, quando em 1918 era nomeado Superior da Bahia, recebeu ordem do Padre Geral para voltar a Portugal. Aí trabalhou no Porto Freineda, Tortozendo, Coimbra, até 1938. Em 1939 sulcou o mar em direção às missões de São Tomé e Príncipe, onde aproou com o companheiro de noviciado Pe, Aníbal Coelho. Voltou ao Porto e depois de estar em diversas casas da Metrópole, veio a falecer no Porto, no dia 09 de fevereiro de 1953. Descanse em paz um dos grandes missionários claretianos portugueses. R.I.P.