PE. ANTÔNIO ARTEGA BAJO, CMF

Data de Nascimento:

12/06/1909

Falecimento:

Falecimento: 19/08/1980 (71 anos)

Cidade:

Taguatinga, DF, Brasil.

Ledesma, pequena cidade da Província e Diocese de Salamanca, na Espanha, foi o lugar de nascimento do menino Antônio, aos 12 dias do mês de junho de 1909. Seus pais, Sr. Ciríaco e Sra. Maria, cristãos de profunda fé, infundiram em seu filho essa firmeza de fé de seus ancestrais, abrindo também os seus olhos para a luz da piedade e inclinação à vida religiosa e, mais tarde, a secundaram.

Criança inocente ainda entrou para a Congregação, após aparecer em sua alma os frutos da piedade com tendência ao sacerdócio.

Iniciou os seus estudos de Latim no Seminário Menor de Barbastro e, terminados, os quais foi aprovado para entrar no Noviciado. Fez o Santo Ano de Provação em 1926, emitindo os seus votos religiosos temporais pela Primeira Profissão no dia 15 de agosto de 1927 na ex-Universidade de Cervera. Aí, na Cervariense, encetou os seus estudos de Filosofia e Teologia.

Terminou os estudos de Teologia Moral e Direito Canônico no Colégio Calceatense. Nesses anos de sua carreira eclesiástica foi ao mesmo tempo recebendo nas épocas litúrgicas normais as Ordens Menores, a seguir o Subdiaconato e Diaconato, até que no dia 13 de junho de 1935, Aniversário da Ordenação do Santo Fundador, Antônio subiu os degraus do altar do Senhor, no sacerdócio.

Logo após ordenado, fez o Ano de Pastoral, isto é, o Ano de Preparação imediata aos ministérios, em Aranda de Duero. Nesta Casa, todo o missionário claretiano de então, esperava ansiosamente a publicação da escolha de seu nome para o grande ideal apostólico. E um destes foi o Pe. Antônio Arteaga. Recebeu com grande alegria e entusiasmo, ser enviado às regiões de missão do imenso Brasil. Assim, partiu da Espanha, chegando à Terra de Santa Cruz em novembro de 1935 no mesmo ano de sua ordenação.

Chegado que foi aqui, seus olhos logo se voltaram como sacerdote claretiano, para as Missões de São José de Tocantins, no Estado de Goiás, onde viveu por toda a vida pastoral. Naturalmente morando lá, percorreu toda a região da missão no lombo do animal e com outras viaturas por estradas ínvias e cheias de poeiras para atingir todas as ovelhas do rebanho.

Muitas vezes viajou para a cidade de São Paulo para buscar roupas, calçados, remédios e outros donativos angariados, as duras penas para o povo carente de todas as coisas necessárias à vida humana, nas residências em que viveu: Niquelândia, Itapaci, Goianésia. Quando foi fundada a Casa de Taguatinga, em Brasília, para lá foi enviado.

Pe. Artega era muito humilde, era varão de vida recolhida e, ao mesmo tempo, era ativo nos afazeres domésticos como paroquiais; era hábil e exercitado para os trabalhos manuais, no que diz respeito à eletricidade, à mecânica e à hidráulica.

Era sacerdote e missionário imbuído de verdadeira piedade. As suas homilias resplandeciam de máxima clareza e eram práticas para a vida cristã dos seus ouvintes: ouviam-no com muita atenção. Era amado por todos por sua benignidade e humildade.

Mas a saúde do Pe. Arteaga ia enfraquecendo, vítima da paralisia dos membros e arteriosclerose de tal sorte que nos últimos anos era semelhante a uma criancinha.

No entanto, a comunidade de Taguatinga o cercou de assíduo e sumo cuidado e, assim acompanhado o lento definhar do querido irmão, há vários anos imobilizado, sem se poder valer. Nessas condições veio a falecer no dia 19 de agosto de 1980, na comunidade de Taguatinga, que comunicou a infausta notícia às outras comunidades da Província.

Seu longo sofrimento, participado por seus irmãos de comunidade, foi motivo que muito sensibilizou na sua morte. Todos se haviam apegado ao querido doente, padres e pessoal da Casa e, de um modo particular, Da. Hilda, encarregada, dedicada e excelente enfermeira, intérprete das caridosas e carinhosas atenções da comunidade de Taguatinga.

A Missa de Corpo Presente foi celebrada pelo Superior Provincial, que se referiu a esses sentimentos de carinho da comunidade em foco, como um dos grandes valores, que a vida religiosa nos oferece hoje. Pe. Arteaga teve em vida o amor de seus irmãos, expresso em gestos concretos e constantes, por isso mesmo, em sua morte foi sinceramente pranteado.

O testemunho da comunidade de Taguatinga fica aqui como exemplo de vida fraterna e comunitária e o Pe. Arteaga na felicidade que certamente já desfruta, recordará os irmãos que amou e por quem foi amado. Faleceu aos 71 anos dos quais, 45 anos de padre passou no Brasil desde a sua ordenação, até o dia de sua morte. Descanse na Paz do Senhor!