Encina de Esgueva, povoação da Província de Valladolid, Diocese de Palência, Espanha, foi o berço do menino Astério. Nasceu no dia 21 de outubro de 1899. Seus pais, Sr. Evêncio e Sra. Micaela, eram cristãos de profunda crença, formaram Astério com caráter sério e firme, orientando-o na iniciação cristã, providenciando a recepção dos sacramentos e inclinando a sua alma para as coisas da Igreja.
A vivência desta fé, suscitou em Astério a prática da piedade e manifestou-se a vocação para a vida religiosa e sacerdotal. Entrou na Congregação, dirigindo-se ao Colégio Seminário de Segóvia, a cidade do Aqueduto, aí perfez seus estudos de humanidades com boas notas.
Devido a sua Constância e firmeza na vocação foi aprovado para passar ao Noviciado e, em Segóvia mesmo, realizou o Ano de Provação, o Santo Noviciado, no ano de 1914. Emitiu a Profissão Religiosa pelos votos perpétuos, no dia 24 de outubro de 1915.
Uma vez professo, encetou seus estudos eclesiásticos pela Filosofia e Teologia Dogmática, Teologia Moral e Direito Canônico nos Colégios Seminários de Beire e Calceatense, respectivamente.
Logo após ter começado Teologia, nas datas previstas do ano litúrgico, foi recebendo a Tonsura, Ordens Menores e a seguir o Subdiaconato e Diaconato. Finalmente subiu, com muito fervor, os degraus do altar do Senhor, sendo ungido sacerdote do Senhor, aos 24 anos, em 26 de maio de 1923. Logo fez o seu Ano de Preparação para ministérios, o Ano de Pastoral em Aranda de Duero
Aí esperou o seu destino a fim de poder realizar o ideal desejado de todo o missionário claretiano de ser enviado a Terras de Missão. Coube-lhe em sorte o Brasil, onde trabalhou pelo espaço de 54 anos. Aportou à Terra de Santa Cruz em 30 de agosto de 1924 fazendo parte da 32ª Expedição dos 4 padres missionários clareatianos composta pelos sacerdotes: Irineu Ballesteros, Marino Elorz e Bento Uriarte e ele, Astério.
Apenas chegado ao Brasil foi enviado à Casa de Batatais, para exercer a função de professor de alunos externos, o que fez com muita proficiência. Ainda como mestre de português e outras matérias de Teologia, para os seminaristas do Escolasticado do Seminário Claret, foi visto em Rio Claro, em 1932 e 1933.
De 1933 a 1935, ele aparece na comunidade de Campinas como 1º Conselheiro; embora permanecendo em Campinas figura como Censor da Província sobre escritos e publicações. De 1937 a 1939 começa a sua vida paulopolitana, na Casa-Mãe, como 2º Consultor da comunidade e revisor da Revista Ave Maria, redigindo artigos para ela como também para o Boletim Oficial da Província sendo, ainda, secretário da mesma ao correr de longos anos.
Foi substituído no cargo de 2º Consultor pelo Pe. Tome Fernández, para estar mais livre para esse múnus e para o ministério requisitado por muitas paróquias e para atender a grande correspondência da Revista e da Província. Foi nomeado de 1940 a 1942, Pároco e Superior da Paróquia de Vila Tibério, em Ribeirão Preto.
Aí se fez sobressair a missa das crianças com concorridíssima e imensa frequência. De 1943 a 1945, foi nomeado 1º Consultor da Província, cargo que desempenhou também na comunidade da Casa-Mãe. Em 1948, para sexênio seguinte, figura como 2º Consultor Provincial, mas ficou livre do cargo de secretário, múnus esse que passou ao Pe. Raimundo Pujol como responsável
Então, o Pe. Astério desenvolveu atividade anteriormente demonstrada de uma maneira extraordinária: crendo-se que tinha o propósito ou voto de não deixar passar o tempo sem nada fazer, ou melhor, de não perder tempo.
Como súdito e superior, percorreu as comunidades claretianas que estão em Batatais, Rio Claro, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Goianésia e outras. Sobressaiu em todos os ministérios, a começar do confessionário, em que era muito solicitado; sobretudo, prestou grandes serviços nas missões populares, em que quase sempre aparecia como Diretor, que dava o exemplo rígido do trabalho em pregar e também dar exercícios, tríduos, novenários, conferências; enfim, com a sua obra de missionário gigante, percorreu mais da metade da imensa terra brasileira.
Foi um dos maiores missionários claretianos, sem exagero, nesses Brasis. Completava setenta e oito anos quando nos deixou, na cidade de Goiânia-GO, no dia 4 de janeiro de 1978. Descanse na Paz de Cristo e Maria!