PE. CONRADO SIBILA ALSINA, CMF

Data de Nascimento:

28/04/1902

Falecimento:

Falecimento: 07/10/1976 (74 anos)

Cidade:

Guarulhos, São Paulo, Brasil

Súria, cidade na Província de Barcelona, Diocese de Vic, Espanha, foi onde o menino Conrado viu por primeira vez a luz do Sol, aos 28 dias do mês de abril de 1902. Seus pais, Sr. Salvador e Sra. Inês, profundamente religiosos, educaram bem os filhos na piedade, a tal ponto que desabrocharam em seu lar três semanas de vocação: a de Conrado, para ser Filho do Imaculado Coração de Maria, como sacerdote e duas filhas que se consagraram a Deus como Irmãs Religiosas.

Durante o seu curso humanístico, no Seminário Menor, houve uma marcante inclinação à vida consagrada de tal maneira que em seu Noviciado na ex-Universidade de Cervera, em 1917, sob a guia do seu professor, emitiu o voto de castidade, obediência e pobreza. Mas a Profissão Religiosa oficial foi a 15 de agosto de 1918.

Toda sua vida seminarística revestiu-se de intenso jubilo, sobretudo durante os estudos de Filosofia e Teologia da Universidade Cervariense. Recebeu, na Capela Real, nos dias 20, 21 e 23 de outubro a Tonsura e as quatro Ordens Menores das mãos de Dom Nicolau Gonzáles Pérez, CMF, Vigário Apostólico de Fernando Poó, na Guiné Equatorial.

O Diaconato ele recebeu aos 25 de julho de 1925 administrado por Dom. Antônio Pueyo, Bispo de Pasto, na Colômbia. Anteriormente lhe fora administrada a Ordem do Subdiaconato em 1925 – sábado das Têmporas da Santíssima Trindade -, por Dom Valentim Comellas e Santamaría, Bispo de Hamatha e Administrador Apostólico da Diocese de Solsona, que lhe conferiu também a Ordem de Presbítero aos 29 de março de 1926.

Partiu para o seu ideal que era a terra de missões, depois de permanecer como sacerdote na Espanha um ano e dez meses; seu destino era o Brasil. Chegou no dia 13 de fevereiro de 1928, chefiando uma turma de missionários para o Brasil e Argentina. Ficaram no Brasil os Padres Conrado, Wistremundo Roberto Perez e Jesus Ballarin. Seu primeiro cargo foi de Auxiliar do Padre Prefeito do pré-postulantado de São Paulo, durante dois anos e, a seguir, trasladou-se para Curitiba a fim de lecionar Latim e outras disciplinas.

Aí, em 1931, foi nomeado Formador Espiritual dos Seminaristas. De modo que, em 1934, o Postulantado foi trasladado para Rio Claro. Por nove anos consecutivos, ficou cuidando da formação dos seminaristas com espírito de fé e muito proveito dos formandos, como eles próprios testemunham.

De Rio Claro passou para Esteio, como Superior e Prefeito. Aí ficou o triênio 1944 e 1946 pondo termo aos quinze anos em que ligou o seu nome aos formandos da Província. Após um triênio em Livramento (1946-1948), como Superior e Pároco, foi para Campinas, como Superior e Reitor da Igreja do Rosário cuja demolição foi decretada pela Prefeitura Municipal, com grande dissabor de sua parte, empenhado na sua conservação.

Em 1952 e 1953 presidiu a Comunidade do Noviciado e Filosofado em Guarulhos e no final deste ano foi eleito Superior de Rio Claro. Aí lutou pelo nosso patrimônio e em atender a sete comunidades religiosas. Findo esse triênio tão fecundo foi para Guarulhos, como Superior e Pároco de 1958 a 1960.

Daí passou para Ribeirão Preto, onde desenvolveu um sexênio cheio de apostolado. Terminado o sexênio, depois de uma temporada em Campinas, no Rosário já no Castelo, foi novamente para Guarulhos (3ª vez), onde nos três últimos anos de vida ficou como Superior e Pároco.

Desempenhou esses cargos todos de confiança e responsabilidade devido o seu amor à observância religiosa, zelo apostólico, espírito de paz, humildade, exercício de paciência, prudência, oração e grande amor à Congregação.

Como Pároco, em Guarulhos, foi todo dedicado à catequese, pregação, celebrações litúrgicas eucarísticas, administração dos Sacramentos, atendimento aos doentes e ao ministério da confissão. Os companheiros, vendo, por isso, a decadência de suas forças físicas, moderaram-lhe o zelo. Mas a saúde ia decaindo enormemente.

Tão virtuosa existência só se sentiria a ausência com a sua perda. Nos 20 dias em que esteve hospitalizado, em Guarulhos, recebia diariamente a comunhão com muita piedade, preparando na oração o encontro com o Senhor. Recebeu a Unção dos Enfermos e, com lucidez plena, fez a Profissão de Fé, renovou a Profissão dos Votos pela alegria de tê-los vivido intensamente.

Ao anunciar-se a sua morte, acorreu o povo da Paróquia para venerar os restos mortais e participar da Missa de Corpo Presente, celebrada por 25 sacerdotes e presidida por Dom Emílio Vignoli, Bispo Diocesano. Numerosa multidão de fiéis se fez presente para as exéquias e ao enterro do Pe. Conrado num gesto de gratidão e saudade. Descanse na Paz do Senhor!